Passeando pela vida

Tipo assim: nasci no dia 27 de maio de 2009, às 09 da manhã. Não nasci como as crianças normais: com aquele choro demorado que chega a pertubar os médicos. Só um gritinho. e pronto. Todos ficaram assustados e preocupados. Me levaram para a incubadora. Me pai, todo bobo, vivia me olhando pela janelinha. Fui sair de lá só na tarde do outro dia. Não para os braços de minha mãe, mas para dentro de uma ambulância. Foi a minha primeira carona. Uma carona para buscar a vida. Sim, ela queria fugir de mim. Fui pra UTI do Hospital Regional do Oeste do Pará. Lá encontrei pessoas maravilhosas. Fui transferida por uma decisão dos meus médicos doutora Terezinha Leão e do meu sempre amigo, Daniel Calçado. Como um lado do meu pulmão não funcionava direito, sofria de insuficiência respiratória. É certo que têm outros nomes, mas serve esse para definir o meu drama ou minha trama.
Então, meu primeiro passeio foi uma corrida em busca da vida. E estou aqui, contando pra vocês. Depois a gente conversa mais. Foram dois meses de muito desespero.